quarta-feira, 29 de julho de 2009

Morreu Merce Cunningham


Obituário aqui

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Programa Próximo Futuro regressa nos dias 12 e 13 de Novembro, com a realização da 1ª Workshop de Investigação e com a participação de vários centros de investigação universitários de todo o país (a lista dos centros participantes pode ser consultada na área de "Produção de Teoria" do site Próximo Futuro).

Para 2010 está previsto um programa intenso de conferências, espectáculos, concertos, exposições, entre diversas outras propostas.

Este blog estará activo durante todo o período de existência do programa, ou seja, até ao final de 2011.

domingo, 12 de julho de 2009

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Próximo Futuro: as fotografias de Catarina Botelho




Ontem à noite





(Fotografias de Catarina Botelho)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Gala Drop. Amanhã





Último concerto Próximo Futuro deste Verão, amanhã às 21h30 no Anfiteatro ao Ar Livre.

Em cima 'Crystals', vídeo de Alexandre Estrela

Hamaca Paraguaya, hoje às 22h


Hamaca Paraguaya (2006), obra-prima de María Paz Encina, afirma-se como a grande longa-metragem paraguaia em muitas décadas, essencial para a breve história do cinema nacional, e a primeira do terceiro milénio. Um feito auspicioso que adivinha futuras produções dado o interesse, a importância e o desconhecimento que rodeia este misterioso país mediterrânico da América do Sul. Sendo uma película de onze planos trabalhados sistematicamente em não-acção, as performances dos actores em situações contemplativas, baseiam-se num ponto de vista de câmara que acentua um olhar em fuga fora de campo. Um pai e de uma mãe que, em 1935 numa floresta paraguaia, esperam notícias do filho único que partiu para a guerra fratricida com a Bolívia, a guerra do Chaco.

Jorge La Ferla in Obscena Julho/Agosto 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Il était une fois l’indépendance/ Salah: an African toubab? - Hoje, às 22h


Il était une fois l’indépendance (Mali, 2008, 21’), de Daouda Coulibaly
Ao misturar a história pessoal e íntima de um homem e de uma mulher com a História africana, o realizador mergulhou no que melhor define as histórias africanas: o conto. Inspirou-se em Les Trois Choix du Marabout [As Três Escolhas do Marabu], um conto de Amadou Hampâté Bâ, que adaptou livremente. Daouda Coulibaly respeitou a narrativa, mas inseriu a narrativa política que atravessa a História africana dos últimos 50 anos, resultando numa parábola com uma “moral da história”, contida na última frase do filme: «Se aguentares o fumo, podes aquecer-te com as brasas.» É assim que o realizador entende a definição de progresso, com os seus fracassos, as desilusões, para se chegar um dia àquilo que se quer construir.

Salah: an African toubab? (Holanda, 2008, 65’), de Margriet Jansen

Nem todos os africanos querem ir para a Europa.
A percepção comum na opinião pública europeia é de que todos os africanos querem ir para a Europa, que os jovens e os mais enérgicos sonham com a oportunidade de encontrar uma vida melhor na Europa ou nos Estados Unidos, como se não tivessem nada a perder. Mas há africanos a escolher outros caminhos. Pessoas que querem todas as regalias de uma vida profissional estável e preenchida, mas na condição de poderem alcançar isso no seu país. Pessoas que amam a sua terra natal e que percebem que a felicidade não é um bem facilmente acessível numa terra estrangeira.

Gala Drop ou música do quinto mundo


O trompetista Jon Hassell cunhou o termo 'música do quarto mundo' para definir a sua música, uma fusão de formas musicais primitivas e a utlização de modernas formas electrónicas. Para a música de Gala Drop, o termo correcto poderá ser uma evolução do conceito de Hassell, ou seja, uma 'música do quinto mundo', uma música que se move através do tempo e do espaço formando algo totalmente novo. Gala Drop são Nelson Gomes, Tiago Miranda (regressado aos concertos), Afonso Simões e Guilherme Gonçalves e tocam no Anfiteatro ao Ar Livre, no Sábado, às 21h30. O desenho de luz é da artista Joana da Conceição.

Ver aqui, longa entrevista com a banda, na revista Fact.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Paul Virilio: Penser la Vitesse, hoje às 22h


Em Outubro de 2007, no catálogo de Um Atlas de Acontecimentos, exposição realizada no âmbito do fórum cultural O Estado do Mundo (por ocasião das comemorações do cinquentenário da Fundação Gulbenkian), os seus curadores, António Pinto Ribeiro, Debra Singer e Esra Sarigedik Öktem, escreveram:

«A velocidade como princípio estrutural fundamental do mundo contemporâneo é uma proposição central da obra do influente teórico urbano Paul Virilio. Na sua visão do mundo, foi a busca da humanidade pela velocidade – ou por uma “aceleração lógica” – que operou uma transformação fundamental na sociedade moderna, visto estar na base do progresso tecnológico. A velocidade, para Virilio, é a essência da inovação na guerra e nos media, que, por sua vez, são os principais agentes que enformam o curso da História. Se concordarmos em assumir, então, que a velocidade e a aceleração – como fins em si próprias – caracterizam o mundo contemporâneo, então talvez não seja descabido pensarmos que estamos cada vez mais incluídos no meio de um contínuo de acontecimentos, onde um substitui o outro sem pausas para considerações ou para consequências (...)»

segunda-feira, 6 de julho de 2009

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E o concerto de ontem









Orquestra Imperial no passado Sábado







(Fotografias de Catarina Botelho)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Orquestra Imperial e Rodrigo Amarante, 'Pela primeira vez'



Eles são os principais responsáveis por resgatar o charme dos antigos bailes e dar às gafieiras a sofisticação da música brasileira contemporânea: com 19 integrantes, a Orquestra Imperial começou com a despretensão de uma brincadeira de carnaval e acabou virando álbum de inéditas, além de ter uma agenda repleta de shows por todo o Brasil.

“A gente era a fim de tocar junto esse tipo de música, foi fazendo shows e compondo. Aí quando pintou a oportunidade de gravar o disco, achamos legal porque tínhamos várias músicas prontas”, diz a bela Thalma de Freitas, que divide os holofotes com Nina Becker – todos os outros integrantes são homens. “Com tanta música boa bem gravada pra caramba, não fazia sentido fazer regravação.”

Thalma é responsável por um dos pontos altos do álbum, “Rue de mes souvenirs” – canção com letra em francês composta pelo veterano Wilson das Neves em parceria com Stephane San Juan. “O Stephane fez a música, a gente era casado até um tempo atrás”, conta a cantora. “Fui acompanhando todo o processo, ele me mostrou e eu aprendi a letra. Ficou bonita, né?”

A mistura de samba, bossa nova e tropicália de “Carnaval só ano que vem” rende ótimos momentos, como “O mar e o ar”, de autoria de Domenico Lancellotti e Rodrigo Amarante, vocalista, guitarrista e compositor do Los Hermanos. A verve bem-humorada do grupo fica explícita em “Ereção”, cujo título dispensa explicações. A participação especial fica a cargo de Jorge Mautner – é dele, ainda, a canção “Ela rebola”.

Diante de tanta consistência – e críticas positivas – parece mentira que tudo começou como uma mera brincadeira. “Cada vez que a gente foi renovando as temporadas, a gente foi entendendo que ali existia alguma coisa realmente muito legal, desde o começo”, diz Thalma. “A gente não sabia que ia durar tanto, ninguém tinha a expectativa de virar uma banda e lançar um disco bacana como esse.”

“Mas acho que formar coletivos é algo que está acontecendo com muita freqüência em todo lugar. Eu mesma faço parte de vários grupos de gente que faz música junto e é muito enriquecedor. Eu gosto muito e, inclusive, prefiro assim.”


(Fonte: G1 - Globo.com)

Angola: histórias da música popular, hoje à noite

Desde o lendário Liceu Vieira Días e os Ngola Ritmos nos finais dos anos 40, até aos dias de hoje, Angola – Histórias da Música Popular é uma viagem ao universo da música popular angolana, através da voz dos artistas mais importantes de todas as gerações, tendo como pano de fundo a história política e social de Angola.

Baseado nas pesquisas e recolhas do músico e historiador angolano Mário Rui Silva, Angola – Histórias da Música Popular é, nas palavras do seu realizador, «… um exercício de síntese e montagem, pois conseguimos contar 50 anos de História em 52 minutos.»

Uma das particularidades deste filme é o de apresentar imagens de arquivo recuperadas e esquecidas de alguns dos maiores nomes da música angolana, como Liceu Vieira Dias ou o estranho dueto de Mestre Kamosso com António Victorino de Almeida, bem como a última aparição do mítico Beto Gourgel.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

El baño del Papa, hoje no Anfiteatro ao Ar Livre



Em 1988, a pequena cidade uruguaia de Melo, junto à fronteira com o Brasil, aguarda a passagem do Papa João Paulo II, em périplo pela América do Sul. Os media apontam para várias dezenas de milhares de pessoas que vão acorrer à cidade e os habitantes de Melo, humildes, vêem nesta visita do Papa uma oportunidade de enriquecer. O surto de empreendedorismo entre a população gera várias ideias, entre as quais a construção de uma casa de banho paga onde os peregrinos poderão aliviar-se…

El Baño del Papa é uma comédia em forma de parábola agridoce sobre os pobres. O filme contrapõe com um humor irresistível as palavras grandiosas do discurso do Papa e dos meios de comunicação, e a realidade da vida quotidiana de gente que é obrigada a viver do contrabando. Mostra a dureza da vida desses homens, a corrupção policial a que estão sujeitos, mas também a solidariedade que os une.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Orquestra Imperial: alguns músicos



Rodrigo Amarante (guitarrista, baixista, vocalista e compositor) - foi membros do grupo carioca Los Hermanos. Após o fim da banda dedicou-se também à Orquestra Imperial e posteriormente ao grupo Little Joy com Fabrizio Moretti, baterista dos Strokes.

Moreno Veloso (percussão e voz)- Lançou o disco “Máquina de Escrever Música”, ao lado dos músicos, também integrantes da Orquestra, Kassin e Domenico. Na Orquestra, apresenta clássicos românticos e sambas com sua bela voz e também toca percussão.

Wilson das Neves (voz e percussões) - Um dos maiores bateristas da música brasileira, gravou e tocou com meia MPB (Chico Buarque, Elza Soares, Elis Regina). Tem dois discos lançados, o segundo, nomeado para um Grammy Latino. É um dos componentes da velha guarda da escola de samba Império Serrano.

Kassin (baixo) - Produtor e mentor da Orquestra, sócio do estúdio MONAURAL e da PING PONG discos, vem trabalhando com importantes nomes como Fernanda Abreu, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Los Hermanos, Vanessa da Matta, Otto, além de fazer bandas sonoras de filmes, como “Dois Filhos de Francisco” e “Árido Movie”.

Domenico Lacelotti (bateria) – músico e artista plástico, tocou com Adriana Calcanhotto e Danilo Caymmi entre outros. Lançou em 2004 seu CD “Sincerely Hot”, com a assinatura Domenico+2 (+Kassin e Moreno).

Terra Estrangeira de Walter Salles e Daniela Thomas, hoje, às 22h

Tendo o Plano Collor como pano de fundo para a sua ficção, Terra Estrangeira é um road-movie que retrata uma geração em crise, onde o êxodo da juventude é seguido nos passos de um filho de emigrantes espanhóis, Paco, que deixa São Paulo para encontrar Alex em Portugal e enfrentar novos cenários de tensão. Inteiramente rodado a preto e branco, a fotografia de Walter Carvalho contribui para o clima noir do filme, que também utiliza imagens reais do anúncio do “confisco” na televisão.