terça-feira, 9 de junho de 2009

Meio da Vida

Porque as manhãs são rápidas e o seu sol quebrado
Porque o meio-dia
Em seu despido fulgor rodeia a terra

A casa compõe uma por uma as suas sombras
A casa prepara a tarde
Frutos e canções se multiplicam
Nua e aguda
A doçura da vida


Sophia de Mello Breyner Andresen

Livro Sexto
Círculo de Poesia – Moraes Editores
Lisboa 1976

1 comentário:

  1. invejável o olhar sobre o meio da vida e lindos os versos "nua e crua e doçura da vida"

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