quarta-feira, 24 de junho de 2009
Cinemateca Próximo Futuro
A partir de hoje, no Anfiteatro ao Ar Livre
Afrique sur Seine (França, Senegal, 1955), de Paulin Soumanou Vieyra.
De todos os países subsarianos, o Senegal pode ser considerado o país fundador do cinema africano por causa da presença cimeira de Ousmane Sembene, o primeiro realizador africano a ganhar reconhecimento internacional. Porém, foi outro senegalês, Paulin S. Vieyra, que, em conjunto com outros três realizadores africanos (Mamadou Sarr, Robert Caristan e Jacques Melo Kane), fez em 1955 a primeira obra – uma curta-metragem – que materializou as aspirações do cinema africano, Afrique sur Seine.
Casa de Lava (Portugal, 1994), de Pedro Costa
Casa de Lava será talvez a mais completa e profunda obra das relações sempre esquivas e por resolver que Portugal tem estabelecido e estabeleceu, com as suas colónias. A inconsciência aparente das imagens de Casa de Lava revelam a consciência profunda de um convívio que foi e é muito próximo mas nunca de plena intimidade. Ou então a verificação instintiva de que essa intimidade é uma circunstância e um acaso, proporcionado por um aturado convívio, é certo, mas sempre fugidio e nunca atingível pela fixidez do cinema, a arte mais em mutação e em movimento que existe.
José Navarro de Andrade (Colaboração: Cinemateca Portuguesa)
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