quinta-feira, 4 de março de 2010

Kumasi

“Akwaaba!” (bem-vindo) e um gentil abraço de um povo dócil ergue-se com hospitalidade.



Bantama road... Por entre árvores e trânsito frenético, vou descobrindo um centro com uma arquitectura semi-desfigurada, cujas ruas estão cravadas de comércio. Tudo se vende, tudo se compra, tudo se faz.

Já no famoso mercado central que ocupa o coração da cidade, ressaltam-me os cheiros, os sons e as encruzilhadas de multidões que marcam um ritmo próprio, impossível de descrever. Sinto-me em ebulição no epicentro de uma cidade com cerca de 1 milhão de habitantes, num país maioritariamente cristão, mas com uma forte presença muçulmana a juntar-se a outras religiões nativas.

É imprescindível parar num chop bar para saborear a comida nacional. Peço um fufu com Palmnut soup e desfruto de um deleite com outras tantas iguarias. Sou conquistado por uma cidade de sabores, onde centenas de ingredientes locais são conjugados e apensados em receitas que se comem com as mãos.

Kumasi rodeia-se de populações que fabricam tecidos e, ainda, de outras que neles carimbam padrões com os símbolos ancestrais da cultura Adinkra.

No coração do Ghana, esta é a Cidade Nacional da Cultura e coloca-se numa posição que cultiva, com marketing, as raízes culturais do reino Ashanti. O rei, por sua vez, aparece nos outdoors da cidade, anunciando a presença que os seus cidadãos reclamam.

Esqueço tudo, envolvo-me numa vegetação exuberante e deambulo numa Kumasi que se clama Cidade Jardim.

Jorge Rocha

Sem comentários:

Enviar um comentário