domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Malick Sidibé
Uma entrevista no Guardian com o lendário fotógrafo de Bamako, Malick Sidibé, por ocasião da sua exposição em Londres nos Lichfields Studios, e uma selecção de fotografias suas, no mesmo jornal, aqui.
Ainda duas referências a Sidibé, neste blog, em Novembro passado, aqui e aqui.
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Joanesburgo vs. Cidade do Cabo
Dois exemplos da música que se anda a fazer na África do Sul
Joanesburgo e DJ Mujava
E Cidade do Cabo e os Die Antwoord
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
2º workshop de investigação Próximo Futuro
Uma imagem do 2º workshop de investigação Próximo Futuro, dedicado ao tema "As Cidades", realizado hoje.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
2º workshop "As Cidades". Os convidados
Nelson Brissac (Brasil)
Nelson Brissac é filósofo, professor da Universidade Católica de São Paulo e trabalha questões relacionadas com a arte ou o urbanismo. É organizador e curador de Arte/Cidade (www.artecidade.org.br), desde 1994. Publicou Paisagens Urbanas, Ed. Senac, 1996; Arte/Cidade - Intervenções Urbanas, Ed. Senac, 2002. Dedica-se agora a pesquisas sobre as dinâmicas territoriais na região sudeste do Brasil (www.mges-brasil.org) e as relações entre arte e indústria.
Raul Antelo (Argentina)
Raul Antelo é doutor em literatura brasileira pela USP e professor titular de literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, tendo já sido professor visitante da Duke University, da Yale University e da Tinker Foundation. Possui uma vasta produção como ensaísta. Participou de importantes congressos e seminários internacionais, debatendo com intelectuais e artistas como Jorge Schwartz, Décio Pignatari, Davi Arrigucci, Nicolau Sevcenko e Jorge Luis Borges. É autor de obras como Maria con Marcel Duchamp en los trópicos (2006), Transgressão e modernidade (2001), entre outros.
Xavier Vilalta (Espanha)
Xavier Vilalta (Mollerussa, Espanha, 1980) estudou arquitectura na Escola de Arquitectura de Barcelona (ETSAB) e no Illinois Institute of Technology of Chicago. Em 2003 obteve a licenciatura em Arquitectura e é desde 2004 professor colaborador da Cátedra Blanca da ETSAB e do Mestrado de Gestão Cultural da Universidade de Lleida. É desde 2008 Professor Associado da cadeira de Projectos Arquitectónicos da Escola de Arquitectura de Barcelona. Entre outros prémios, recebeu o Prémio de Arquitectura de Lleida 2005-2007, o primeiro prémio no Concurso de Innovación Tecnológica para la construcción de edificios de viviendas do Departamento de Vivienda da Generalitat de Cataluña e mais recentemente o reconhecimento internacional com o Leaf Award 2008 - Jovem Arquitecto do Ano.
SOCIUS
O SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações – é uma unidade de investigação integrada no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa, criada em Maio de 1991 por docentes e investigadores do ISEG e por outros elementos.
A sua principal área científica de actuação, ainda Sociologia Económica e das Organizações, é entendida numa acepção ampla que privilegia os múltiplos pontos de contacto entre a Sociologia e a Economia contemporâneas, e outras Ciências Sociais interessadas no estudo da realidade económica e organizacional.
O SOCIUS, aqui
A sua principal área científica de actuação, ainda Sociologia Económica e das Organizações, é entendida numa acepção ampla que privilegia os múltiplos pontos de contacto entre a Sociologia e a Economia contemporâneas, e outras Ciências Sociais interessadas no estudo da realidade económica e organizacional.
O SOCIUS, aqui
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais
O Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais (NICPRI) tem como objectivos primordiais fomentar a investigação e o ensino nos domínios da Ciência Política e das Relações Internacionais com um nível de qualidade compatível com os padrões internacionais de referência; e implementar e expandir actividades de pós-graduação que incluam a orientação de teses de Mestrado e Doutoramento, assim como, a realização de Cursos de Mestrado em Estudos Europeus e em Relações Internacionais, e de um Programa de Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais.
Mais sobre o NICPRI, aqui
Instituto de Estudos de Literatura Tradicional
Reconhecendo na literatura tradicional/ oral/ popular uma disciplina central nas ciências sociais e humanas, parte intrínseca do património imaterial e universal da humanidade, por excelência veículo de afirmação da identidade e de aproximação entre os povos (Unesco, 1989), o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) propõe-se:
- pensar o lugar ocupado pela literatura tradicional e cultura(s) popular(es) face às sociedades, culturas e literaturas contemporâneas e sua redefinição, por um lado, teoricamente, dentro do perfil de investigação académica, por outro atentando à sua integração na prática actual e quotidiana;
- analisar fenómenos de intertextualidade com elementos da tradição verificados em obras de autoria individual: redescoberta e regresso à tradição, enraizamento ou alicerce;
- avaliar a acção conservadora no processo de criação do novo, pensando o texto moderno ou contemporâneo enquanto palimpsesto pela sua relação com textos que o precedem, com textos apagados sobre os quais se sustenta (reescritos, parodiados ou citados);
- recolher materiais de diversos géneros literários (cancioneiros, romanceiros, contos, anedotas, lendas, adivinhas e outros textos) oriundos de distintas culturas e sociedades; investigá-los com os contributos de áreas tais como Etnologia, Antropologia, Sociologia, História, Biologia, Ciências Ambientais, Matemática, no sentido de prosseguir estudos inter/ multi e transdisciplinares, visando uma compreensão abrangente dos universos literário, cultural e social;
Mais, na página do centro. Aqui
domingo, 21 de fevereiro de 2010
DINÂMIA
O DINÂMIA, Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica, foi fundado em 1989 e tem, desde então, desenvolvido actividades no âmbito da investigação multidisciplinar em ciências sociais. Reúne investigadores especializados nas áreas da economia, da sociologia, da psicologia social, do direito e da matemática aplicada. Colabora com diversas entidades nacionais e internacionais, fazendo parte de duas Redes de Excelência europeias.
As duas grandes temáticas de base à investigação no DINÂMIA são: (i) a regulação, a governança e as políticas públicas; e (ii) as dinâmicas socioeconómicas e o desenvolvimento sustentável.
A página do DINÂMIA, aqui
sábado, 20 de fevereiro de 2010
CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia
O Centro em Rede de Investigação em Antropologia é uma unidade de investigação inter-institucional vocacionada para a investigação em antropologia social e cultural. Os interesses científicos dos investigadores que compõem esta nova unidade de I&D serão agregados em quatro linhas temáticas:
1. “Identidades Sociais e Diferenciação/Social Identities and Differentiation”;
2. “Práticas e Políticas da Cultura/Culture: Practices, Politics, Displays“
3.“Migrações, Etnicidade e Cidadania / Migrations, Ethnicity, Citizenship”;
4.“Poder, Saberes, Mediações/Power, Knowledge, Mediations”.
Mais sobre o CRIA
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Os estados das artes visuais fora dos centros (parte 1)
O convite da Artecapital era obviamente muito estimulante, mas absolutamente irrealizável, dado o tempo e os recursos humanos que seriam necessários para realizar uma investigação apropriada e exaustiva sobre o tema proposto. Ficam aqui apenas algumas premissas de um possível trabalho para uma equipa de investigadores, e algumas notas relativas a um conjunto específico de países, de algum modo representativo da situação da produção e difusão das artes visuais contemporâneas fora dos circuitos e dos países até há pouco tempo tidos como primeiros e históricos produtores.
Há que, desde logo, partir da diferenciação das condições de produção, da expectativa de valorização nos mercados e dos valores financeiros que separam as artes visuais das artes performativas, ocupando estas últimas, em termos de transacção comercial, uma importância bastante residual, mesmo considerando a Ópera e as suas mega-produções. Relativamente às artes visuais, há ainda que diferenciar a criação não contemporânea cujos objectos constituem maioritariamente um valor simbólico − nada desprezível, bem pelo contrário −, sendo as suas transacções mais raras e sempre espectaculares pelos montantes obtidos. Existe ainda uma terceira diferença, que diz essencialmente respeito aos valores quantitativos e qualitativos das peças, caso se esteja a falar do circuito de Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Munique, Paris e Zurique/Basel, ou dos circuitos mais emergentes como o de São Paulo, Xangai, Dubai, México. Estes últimos, embora sendo já mercados em forte ascensão, são difusos nas formas de implantação, acantamento de clientes − pequenos e grandes coleccionadores − nas trajectórias das obras e na sua valorização. Também os motivos de exposição, como os de aquisição de obras, são sociologicamente ainda pouco estudados. Finalmente, aspectos relevantes como a existência ou não de mercados locais cruzando-se com o circuito internacional, o estímulo por parte das organizações governamentais, onde se incluem os museus, os mecanismos de apoio à produção e à difusão dos criadores, as formas de acolhimento de artistas estrangeiros e, finalmente, os mecanismos de criação e de visibilidade, como bolsas de artes e residências artísticas, fazem a diferença entre aquelas cidades ou países que na actualidade mais expectativas podem gerar.
No âmbito deste trabalho inventariam-se oito casos de estudo de situações emergentes e tradicionalmente tidas como periféricas: Brasil, Chile, China e Hong Kong, Grécia, Turquia, África do Sul e Moçambique, sendo que não há um modelo que lhes seja comum e muito menos um estado das artes semelhante.
Para continuar a ler, aqui
António Pinto Ribeiro, in Arte Capital
Há que, desde logo, partir da diferenciação das condições de produção, da expectativa de valorização nos mercados e dos valores financeiros que separam as artes visuais das artes performativas, ocupando estas últimas, em termos de transacção comercial, uma importância bastante residual, mesmo considerando a Ópera e as suas mega-produções. Relativamente às artes visuais, há ainda que diferenciar a criação não contemporânea cujos objectos constituem maioritariamente um valor simbólico − nada desprezível, bem pelo contrário −, sendo as suas transacções mais raras e sempre espectaculares pelos montantes obtidos. Existe ainda uma terceira diferença, que diz essencialmente respeito aos valores quantitativos e qualitativos das peças, caso se esteja a falar do circuito de Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Munique, Paris e Zurique/Basel, ou dos circuitos mais emergentes como o de São Paulo, Xangai, Dubai, México. Estes últimos, embora sendo já mercados em forte ascensão, são difusos nas formas de implantação, acantamento de clientes − pequenos e grandes coleccionadores − nas trajectórias das obras e na sua valorização. Também os motivos de exposição, como os de aquisição de obras, são sociologicamente ainda pouco estudados. Finalmente, aspectos relevantes como a existência ou não de mercados locais cruzando-se com o circuito internacional, o estímulo por parte das organizações governamentais, onde se incluem os museus, os mecanismos de apoio à produção e à difusão dos criadores, as formas de acolhimento de artistas estrangeiros e, finalmente, os mecanismos de criação e de visibilidade, como bolsas de artes e residências artísticas, fazem a diferença entre aquelas cidades ou países que na actualidade mais expectativas podem gerar.
No âmbito deste trabalho inventariam-se oito casos de estudo de situações emergentes e tradicionalmente tidas como periféricas: Brasil, Chile, China e Hong Kong, Grécia, Turquia, África do Sul e Moçambique, sendo que não há um modelo que lhes seja comum e muito menos um estado das artes semelhante.
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António Pinto Ribeiro, in Arte Capital
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Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
No CIES desenvolvem-se projectos de investigação fundamental na área da sociologia, e ciências sociais afins, nomeadamente a ciência política, as ciências da comunicação, as ciências da educação e a antropologia urbana.
A página do CIES, aqui.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design
The mission of CIAUD is to promote the production, development and innovation in scientific, technological and artistic knowledge in the realms of architecture, urban planning and design and to interact with other disciplinary areas as well as with education and with society as a whole.
Mais sobre o CIAUD, na página do centro. Aqui
E de novo a beleza
Acaba de sair um pequeno livro que resulta de uma conferência dada pelo filósofo francês Jean-Luc Nancy a crianças com mais de dez anos. O tema é a beleza. Dita - e depois passada a livro numa linguagem simples e clara - a conversa de filosofia com os interlocutores, activos e perguntadores, aborda o conceito de Beleza, os equívocos gerados por vocábulos que se avizinham como bonito, prazenteiro, simpático, etc.
O autor que se posiciona numa linha de pensamento estético onde a metafísica subsiste, faz entender a beleza como conceito sem finitude, mas operatório de que as coisas participam ou não, para a qual caminham ou não. Os aspectos mais pertinentes desta conferência, e note-se que ela foi feita para crianças, são: a manifesta insistência de que ainda hoje se pode falar de beleza no meio de um contexto mediático de excesso de opinião e de valorização de obras por autoridades subjectivas, da insistência do pensador de que há sempre uma equivalência entre beleza e verdade e, finalmente, a de que a beleza se pode manifestar de modos inquietantes. A sua interpretação do mito do Narciso, distante da interpretação psicanalítica de Freud, é uma metáfora inteligente e pedagógica para explicar porque nós, enquanto espectadores, nos debruçamos sobre a arte correndo o risco de nos afogarmos. As perguntas das crianças são na sua aparente inocência de bastante dificuldade obrigando o filósofo a uma argumentação sólida e eficaz.
La Beauté, de Jean-Luc Nancy, Ed. Bayrad, Paris 2010
apr
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
The House that Herman Built
Um projecto politicamente importante, desenvolvido pela artista Jackie Sumell. Uma breve explicação no blog View on Canadian Art, um trailer do documentário sobre o projecto, aqui, e um artigo NYTimes.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Centro de Investigação em Artes e Comunicação
O CIAC resulta da fusão de dois centros não financiados: o Centro de Investigação em Ciências da Comunicação e Artes (Universidade do Algarve) e o Centro de Investigação em Teatro e Cinema (Escola Superior de Teatro e Cinema do IPL). Esta fusão exprime a vontade explícita de partilhar massa crítica e recursos humanos e materiais das duas instituições, tanto no domínio da investigação como no da sua aplicação a programas de formação pós-graduada, ao nível do 2º Ciclo, do 3º Ciclo e de pós-doutoramentos. Tem como objectivo desenvolver investigação aplicada e redes de investigação em artes e comunicação, implementar laboratórios de criação artística nas áreas do Teatro, Cinema e outras artes, com enfoque na região do Mediterrâneo.
Mais sobre o CIAC, aqui .
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010
Promovida pelo Sistema Fiep, a CICI2010 trará mais de 80 especialistas nacionais e internacionais para debater soluções que promovam a sustentabilidade e a prosperidade econômica e social nas cidades
Entre os dias 10 e 13 de março, Curitiba receberá mais de 80 especialistas de todo o mundo que irão debater caminhos para a construção de realidades urbanas mais inovadoras, prósperas e humanizadas. Uma iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI2010) trará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas, entre outras, que transformaram cidades em ambientes propícios ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Entre os nomes de peso que participarão da conferência estão Steve Johnson (EUA), autor de seis best-sellers que influenciaram desde ações de planejamento urbano até a luta contra o terrorismo; Pierre Lévy (Canadá), filósofo que estuda o conceito de inteligência colet iva; Marc Giget (França), diretor-fundador do Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação; Jaime Lerner (Brasil), arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba; Jeff Olson (EUA), arquiteto e urbanista envolvido em projetos que contemplam espaços verdes e meios de transporte alternativos; Marc Weiss (EUA), presidente do Global Urban Development e líder do projeto Climate Prosperity; Clay Shirk (EUA), professor de Efeitos Econômicos e Sociais das Tecnologias da Internet e de New Media na New York University; e o arquiteto Mitsuru Senda (Japão). A lista completa e o currículo dos palestrantes estão no site www.cici2010.org.br.
Representantes de mais de 50 cidades, de todos os continentes, já confirmaram presença na CICI2010. O evento acontecerá dentro da área de mais de 80 mil metros quadrados do Cietep, sede da Fiep no Jardim Botânico que tem localização estratégica, com acesso fácil e rápido ao Aeroporto Internacional Afonso Pena e a apenas 5 quilômetros do centro de Curitiba. São esperados cerca de 1.500 inscritos, que participarão de uma série de atividades durante os quatro dias da conferência.
“A inovação é o único caminho para construirmos uma sociedade sustentá vel. E para que as empresas brasileiras e todo o País inovem é preciso, antes de tudo, que nossas cidades sejam inovadoras”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. “A CICI2010 será uma grande oportunidade para que possamos pôr nossas cidades definitivamente na rota da inovação”, acrescenta.
Copromovida pelas prefeituras de Curitiba, Lyon (França), Bengaluru (Índia) e Austin (Estados Unidos) e com apoio institucional das Nações Unidas, a conferência é dirigida a empresários, gestores públicos, pesquisadores, estudantes e interessados em inovação. O evento está dividido em quatro grandes temas: “O reflorescimento das cidades”, com experiências de inovações sociais e tecnológicas para a construção de um novo ambiente urbano; “A reinvenção do governo a partir das cidades”, que trará inovações em gestão e experiências de inovações políticas e da cidade como sistema vivo; “A governança do desenvolvimento nas cidades”, uma mostra de experiências de inovações para o desenvolvimento local e apresentação de experiências de inovações para a sustentabilidade; e “Cidade-rede e redes de cidades”, que servirá para a formação do núcleo da Rede de Cidades Inovadoras.
Paralelamente à CICI2010 serão realizados outros eventos integrados, c omo a Conferência Internacional sobre Redes Sociais, o 1º Encontro Internacional de Cidades de Médio Porte e o 2º Encontro de Governos Locais da Índia, Brasil e África do Sul. E será lançado o projeto “Curitiba, Cidade Inovadora 2030”, que visa transformar a cidade e sua região metropolitana em um espaço propício à inovação, à educação e ao surgimento de uma indústria mais sustentável.
As inscrições para a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras podem ser feitas pelo site www.cici2010.org.br. Até 21 de fevereiro, o pacote completo para acompanhar o evento, com acesso liberado a toda a programação da conferência, tem preço promocional de R$ 440,00. Estudantes têm 50% de desconto. Também é possível adquirir pacotes menores, para acompanhar uma ou mais conferências da noite, onde estarão alguns dos principais palestrantes da CICI2010. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito ou depósito bancário.
Saiba mais: http://www.cici2010.org.br/
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CESOP - Centro de Estudos e Sondagem de Opinião
A missão do CESOP é desenvolver conhecimento próprio no campo das realidades políticas, sociais e culturais da sociedade Portuguesa e contribuir com as suas análises e interpretações para que as políticas sociais sejam adequadas às necessidades do povo português.
A área prioritária de investigação do CESOP é constituída por tudo o que se refira à opinião pública, seja no âmbito político, seja no âmbito social e cultural. Não são prioritárias as áreas de carácter vincadamente comercial, como estudos de mercado, de imagem de pessoas e de produtos, etc..
Mais sobre o CESOP, aqui
A área prioritária de investigação do CESOP é constituída por tudo o que se refira à opinião pública, seja no âmbito político, seja no âmbito social e cultural. Não são prioritárias as áreas de carácter vincadamente comercial, como estudos de mercado, de imagem de pessoas e de produtos, etc..
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sábado, 13 de fevereiro de 2010
Um simples olhar sobre Miro
Centro Cultural Franco Moçambicano (Fevereiro 2010)
A primeira exposição do ano do CCFM é uma retrospectiva do pintor Valdemiro Matsone.
Miro, como é conhecido, faleceu em 2002 e é um dos mais plagiados autores moçambicanos. É impossivel passear por Maputo e não ver réplicas (assinadas!!!) do Miro, à venda, encostadas nos muros da 24 de Julho ou nas mãos dos vendedores ambulantes que tentam assim "exportar" o melhor da arte moçambicana. São os "disciplagiadores" da arte Miriana" como diz Gemuce no catálogo da exposição
Pintura, desenho, aguarelas ocupam toda a galeria e mostram a versatilidade do artista. Em tempo de carência de , de dificuldades em chegar aos materiais certos, a sua compulsividade usou de tudo como suporte para as tantas figuras que agora povoam inumeras coleções privadas..
Gonçalo Mabunda é o curador da exposição e diz que "este é o Miro/simples e verdadeiro/Miro" O seu Miro.
Pode ver mais do autor aqui e aqui
Elisa Santos
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Vladimiro Matsone
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Tsikaya é o projecto do músico Vítor Gama com músicos angolanos. A página na internet do projecto oferece uma perspectiva muito abrangente de como o projecto se concretiza e vale a pena visitar.
Tsikaya promove músicos que desenvolvem o seu trabalho musical no meio rural em Angola.
Iniciado em 1997 o projecto Tsikaya tem como objectivos estimular a criação de músicos e compositores no meio rural, promover o seu trabalho e encorajar a disseminação e construção de instrumentos musicais tradicionais.
Tsikaya é uma iniciativa que contribui para a preservação, divulgação e investigação do folclore angolano através da documentação do trabalho destes músicos por meio de gravações de campo realizadas em torno das suas comunidades, a gravação de Cds e a criação de um arquivo e interface digitais do material gravado.
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Centro de Estudos Humanísticos (Universidade do Minho)
O Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) integra a investigação realizada no âmbito dos Departamentos do Instituto de Letras e Ciências Humanas nas áreas da Literatura, Ciências da Linguagem, Filosofia e Cultura. São seus objectivos prioritários o desenvolvimento e divulgação de investigação transdisciplinar na áreas da teoria da literatura e literatura comparada, linguística, estudos culturais e filosofia, com especial incidência no estudo da língua, literatura e cultura portuguesas, nas suas relações com outras culturas, línguas e literaturas.
Mais sobre o Centro, na sua página
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Centro de Estudos Geográficos (Universidade de Lisboa)
O Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG-UL) foi fundado, em 1943, pelo Professor Orlando Ribeiro. Actualmente, com uma equipa de 124 investigadores, 43 dos quais doutorados, o CEG-UL constitui a principal referência na investigação e divulgação do conhecimento geográfico em Portugal e uma unidade de pesquisa relevante ao nível europeu.
Actualmente o CEG-UL organiza-se em torno de dez Núcleos de Investigação, que constituem as suas unidades operativas:
- Ambientes Antárcticos e Alterações Climáticas (AntECC)
- Clima e mudanças ambientais (CLIMA)
- História e Ensino da Geografia e da Cartografia (HEGEC)
- Migrações, Espaços e Sociedades (MIGRARE)
- Modelação, Ordenamento e Planeamento Territorial (MOPT)
- Estratégias e Políticas Territoriais (NEST)
- Estudos Urbanos (NETURB)
- Avaliação e Gestão de Perigosidades e Risco Ambiental (RISKam)
- Sistemas Litorais e Fluviais: Dinâmicas, Mudanças Ambientais e Ordenamento do Território (SLIF)
- Turismo, Cultura e Território (TERRITUR)
Mais sobre o Centro de Estudos Geográficos, na sua página
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade
Mais sobre o Centro, aqui
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Centro de Estudos de Comunicação e Cultura
O CECC (Centro de Estudos de Comunicação e Cultura) tem por missão promover e desenvolver, numa perspectiva multidisciplinar, os estudos de cultura, os estudos literários, os estudos de tradução, as ciências da linguagem e as ciências da comunicação, favorecendo as relações entre estes campos do saber, bem como as relações de cada um deles com outras áreas científicas.
Mais, sobre o Centro, aqui
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
2º Workshop de Investigação "As Cidades"
25 de Fevereiro. Auditório 3
Entrada livre
Programa
- Ana Isabel Queiroz (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional/ FCSH – UNL) Convite para as paisagens literárias urbanas
- Francesca Negro e Manuela Carvalho (Centro de Estudos Comparatistas, FLUL) Viver a cidade: fragilidades e forças
- João Seixas (ICS) e Pedro Costa (Dinâmia/ISCTE-CET) Das Cidades Criativas à Criatividade Urbana? Espaço, Criatividade e Governança na Cidade Contemporânea
- Lourenço Gomes (Universidade de Cabo Verde) Valor Simbólico do Centro Histórico da Cidade da Praia-Cabo Verde
- Miriam Tavares/Sílvia Vieira (CIAC/UAlg e ESTC) Cartografias do desejo: a cidade como o espaço do outro (estudo de caso: a cidade no cinema moçambicano)
- Autoria colectiva (CRIA/ ISCTE, UNL, UC, UM) Muçulmanos em suas cidades
- Renato Miguel do Carmo (CIES-ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa) O mundo é ‘enrugado’: as cidades e os seus múltiplos territórios
Convidados internacionais
- Nelson Brissac (Universidade Católica de S. Paulo) Megacidades: novas configurações urbanas
- Raul Antelo (Universidade Federal de Santa Catarina/ Brasil) De cidade/city/cité a Babel
- Xavier Vilalta (XV Studios/ Basrcelona. Espanha) Melaku Centre, Mekelle, Tigray, Etiópia (apresentação de estudo de caso)
A nova página de internet do Programa Gulbenkian Próximo futuro será colocada online no próximo dia 15 de Fevereiro. Até lá pedimos desculpa pelo incómodo.
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Áfrique: 50 ans d'indépendence
Como se pode comemorar de uma forma honrosa, inteligente e culta as independências de algumas ex-colónias francesas, hoje Estados Independentes. Aqui
Centro de Estudos Comparatistas
O Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa orienta e desenvolve as suas actividades em torno de três áreas privilegiadas (Interculturalidade, Estudos Literários e Culturais Europeus e Estudos Interartes) sem entretanto pôr de lado outras eventuais conexões interdisciplinares essenciais à prossecução do trabalho científico.
Mais informações na página do centro .
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa
No enquadramento das Ciências Humanas e Sociais, o Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL) reúne grupos de investigadores que se dedicam à pesquisa uni- e multidisciplinar da literatura, da cultura e da linguística no espaço das anglofonias, com especial relevo para a área britânica e norte-americana da contemporaneidade.
Mais, na página do Centro, aqui.
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto
África é o seu objecto de investigação, de divulgação, de acção. Investigação científica disciplinar e interdisciplinar, em confronto com a realidade, recebendo e transmitindo conhecimentos, com humildade e perseverança. Divulgação pedagógica, coloquial e editorial, recorrendo aos métodos consagrados ou promovendo a imaginação criadora. Acção cultural e cívica visando uma melhoria das condições de vida.
África e os africanos. Um objecto de estudo para melhor os conhecermos, para melhor nos conhecermos, para melhor conhecermos a humanidade.
O CEAUP é Unidade de Investigação e Desenvolvimento reconhecida e financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Com vários anos de experiência, tem cinco linhas de investigação: Trabalho Forçado Africano, Rumo a Sociedades Auto-sustentadas, Recursos Hídricos e Amabiente Natural em África, Identidades e Conflitos na África Subsariana, Desenvolvimento Económico-Social e Cooperação. Reconhecido como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento em Fevereiro de 2008, o CEAUP, sozinho ou em colaboração com outras ONGs, organiza projectos de intervenção em África e sobre África
Formar é construir conhecimentos capazes de quebrar as barreiras do pensamento e organizar saberes, criando as asas indestrutíveis da aprendizagem. Assim, tendo em conta que a formação é a condição sine qua non para o crescimento integral do Ser Humano, o Centro de Estudos Africanos constituiu-se Entidade Formadora, através do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, com a finalidade de proporcionar a satisfação dos reptos duma sociedade, ávida de progresso.
Fonte: www.africanos.eu/ceaup/
Workshops de Investigação Próximo Futuro
Neste Programa Gulbenkian, uma parte substantiva do mesmo é dedicado à produção da teoria e à sua comunicação, que terá diversos formatos. Assim, ao longo do período da sua realização, o Próximo Futuro vai organizar workshops, encontros, debates entre pares com um formato mais fechado, longe das arenas de debates para os quais investigadores de centros de investigação excelentes, que aderiram a este projecto, vão produzir teoria a partir das suas linhas de investigação particulares, transferidas para a plataforma que constitui o calendário deste projecto.
A partir de hoje, daremos um breve destaque diário a cada um dos Centros de Investigação, parceiros do Programa Gulbenkian Próximo Futuro.
A partir de hoje, daremos um breve destaque diário a cada um dos Centros de Investigação, parceiros do Programa Gulbenkian Próximo Futuro.
Bissau
Bissau é cheiro. Cheiro de terra e panos (a lembrar o índigo que originalmente os tingia). Cidade junto ao mar virada para terra. Sem monumentos que fascinem, nem paisagens que marquem. Bissau não é beleza.
É o apurar dos sentidos e o entranhar da ambiência.
Várias cidades numa só.
Dois centros.
Um, o dos edifícios coloniais, dos restaurantes e cafés para “cooperantes” e elites. O centro da Pensão Central, lugar mítico para os portugueses que passam por esta África, conhecido pelo nome da sua proprietária, “D. Berta”, e do Centro Cultural Francês, que perfaz o cenário cultural de Bissau.
Outro, o do eixo onde pulula a vida, o Mercado do Bandim, grande, mas não descomunal, como noutras cidades africanas. Local de comércio de produtos da Guiné e do mundo, e de encontros (em pontos como as grandes mangueiras a norte) entre os residentes nos diversos bairros: Antula, Belém, Militar, Quélélé, Sintra, Ajuda, Cuntum, Gã-Beafada… Bairros espacial e urbanamente confinados, mas com populações flutuantes, se se contar com todos os parentes que vêm das “tabancas” (aldeias), por uns dias, uns meses ou até uns anos. Numa territorialidade e continuidade étnica que torna a cidade um espelho do país.
Cidade africana pobre, sem electricidade, abastecimento de água, serviços eficazes de saúde, “emprego”… Cidade onde se afadigam, em múltiplas actividades de sobrevivência e laços sociais com raízes no tempo, cerca de 250.000 habitantes (estima-se que na capital esteja perto de ¼ da população do país).
Em Bissau a noite é breu pontuado pelas estrelas, pela iluminação de gerador das raras casas privilegiadas e pelas velas de vendedores de rua.
Em Bissau o dia é teia de vida, é cor.
Amélia Frazão Moreira
Antropóloga
Fotografia de André Barata
É o apurar dos sentidos e o entranhar da ambiência.
Várias cidades numa só.
Dois centros.
Um, o dos edifícios coloniais, dos restaurantes e cafés para “cooperantes” e elites. O centro da Pensão Central, lugar mítico para os portugueses que passam por esta África, conhecido pelo nome da sua proprietária, “D. Berta”, e do Centro Cultural Francês, que perfaz o cenário cultural de Bissau.
Outro, o do eixo onde pulula a vida, o Mercado do Bandim, grande, mas não descomunal, como noutras cidades africanas. Local de comércio de produtos da Guiné e do mundo, e de encontros (em pontos como as grandes mangueiras a norte) entre os residentes nos diversos bairros: Antula, Belém, Militar, Quélélé, Sintra, Ajuda, Cuntum, Gã-Beafada… Bairros espacial e urbanamente confinados, mas com populações flutuantes, se se contar com todos os parentes que vêm das “tabancas” (aldeias), por uns dias, uns meses ou até uns anos. Numa territorialidade e continuidade étnica que torna a cidade um espelho do país.
Cidade africana pobre, sem electricidade, abastecimento de água, serviços eficazes de saúde, “emprego”… Cidade onde se afadigam, em múltiplas actividades de sobrevivência e laços sociais com raízes no tempo, cerca de 250.000 habitantes (estima-se que na capital esteja perto de ¼ da população do país).
Em Bissau a noite é breu pontuado pelas estrelas, pela iluminação de gerador das raras casas privilegiadas e pelas velas de vendedores de rua.
Em Bissau o dia é teia de vida, é cor.
Amélia Frazão Moreira
Antropóloga
Fotografia de André Barata
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
La Paz o Nuestra Señora de La Paz
En el aeropuerto internacional de El Alto los aviones no aterrizan, parquean“. Lo escuché una vez de alguien, cuando se refería a los más de 3.600 msnm sobre los que se yergue la ciudad de La Paz, en Bolivia.
A esa altura, con la disminución de la presión atmosférica, se tiene menos oxígeno para respirar y, por lo tanto, el cuerpo reacciona –siempre de manera particular– a través de dolores de cabeza, de estómago o vértigo, por ejemplo. El mate (infusión) de hojas de coca combate el mal de altura, pero la belleza de las montañas vuelve a quitar el aliento.
Baja del avión, pon los pies en el altiplano y mira: la sede de gobierno boliviana tiene como vigías inmortales los nevados de la Cordillera Real, Illimani, Illampu y Wayna Potosí, todos envueltos en auras de sosiego. Ahora voltea y observa cómo La Paz se pone a tus pies. El inmenso cuenco que la alberga se abre y te invita a ir hacia ella.
Un límpido cielo de azul intenso acompaña tu descenso. Quizá es el mismo que acompañó la instauración del primer gobierno libre de Hispanoamérica en 1809 con Pedro Domingo Murillo y otros luchadores, tal vez sea el que vio la sangre derramada en la Guerra Federal de 1898 que definió La Paz como sede política del país, o simplemente es aquel cómplice de la infinidad de leyendas que hacen de esta ciudad tan enigmática.
El río Choqueyapu cruza la ciudad, óyelo. En tu camino hacia la hoyada, mira cómo las casas parecen colgar de las laderas de los cerros, como si insistiesen en no quedar fuera de la fotografía que tomas: techos de calamina, paredes de ladrillos y muros de colores.
Un trecho más y ya entras por sus venas. Delante se alza la Basílica de San Francisco con su estilo barroco mestizo –expresión más acabada del mestizaje cultural en los Andes– construida entre los siglos XVI y XVIII. El Atrio de San Francisco y la Plaza de los Héroes, que se encuentra al lado, fue y es escenario de masivas concentraciones sociales y discursos políticos. Sin embargo, el principal movimiento político tiene lugar en la plaza de armas: periodistas con micrófonos y cámaras en mano van y vienen por las aceras y edificios de la administración legislativa y ejecutiva del país. En los alrededores del Palacio Quemado, (denominación del Palacio de Gobierno debido a un incendio ocurrido durante una sublevación en 1875), se encuentran los edificios más antiguos de la ciudad, la Alcaldía, el Banco Central y muchos museos que, desde su asiento sobre calles angostas empedradas de historia, dan fe del pasado.
Ahora atraviesa la Avenida 16 de Julio en dirección sud, siguiendo sus jardines y observando cómo se desarrolla la vida comercial y financiera paceña. Bancos, negocios, cafés, restaurantes, todos anunciándose con colores y mensajes llamativos. No te extrañe si las bocinas de los autos, los puestitos de venta en medio de las aceras, los gritos de los ayudantes de los minibuses que anuncian las rutas de sus líneas, el paso apurado de los transeúntes o la parsimonia de quienes leen los periódicos que cuelgan en los puestos estimulan todos tus sentidos y hacen tu paso más lento.
Pero la magia se extiende un poco más. Con un poco de tiempo, puedes viajar al Titicaca, el lago navegable más alto del mundo, y también visitar sus islas. A más de 3.800 msnm, el azul lago sagrado –cuya superficie se calcula en 56.270 km– sólo puede compararse con el cielo. El aura de este lago sin fondo se reviste del enigma que le dan las leyendas sobre ciudades de oro y plata, bellos cantos de sirenas y deidades tutelares.
El Lago Titicaca es parte de la Cuenca Endorreica, un sistema hídrico cerrado del que participan Bolivia, Perú y Chile. Bolivia ya no tiene mar, pero su irrenunciable derecho a una costa soberana desde 1904 hace a su marina navegar sobre el inmenso lago de agua limpia y dulce.
Aquí en lo alto, donde los condores aletean, intenta ponerte de puntas y estira las manos. Tal vez alcances un poquito de cielo.
26 de enero de 2010
Patricia Cuarita
Diplomata boliviana
cuarita@gmx.net
A esa altura, con la disminución de la presión atmosférica, se tiene menos oxígeno para respirar y, por lo tanto, el cuerpo reacciona –siempre de manera particular– a través de dolores de cabeza, de estómago o vértigo, por ejemplo. El mate (infusión) de hojas de coca combate el mal de altura, pero la belleza de las montañas vuelve a quitar el aliento.
Baja del avión, pon los pies en el altiplano y mira: la sede de gobierno boliviana tiene como vigías inmortales los nevados de la Cordillera Real, Illimani, Illampu y Wayna Potosí, todos envueltos en auras de sosiego. Ahora voltea y observa cómo La Paz se pone a tus pies. El inmenso cuenco que la alberga se abre y te invita a ir hacia ella.
Un límpido cielo de azul intenso acompaña tu descenso. Quizá es el mismo que acompañó la instauración del primer gobierno libre de Hispanoamérica en 1809 con Pedro Domingo Murillo y otros luchadores, tal vez sea el que vio la sangre derramada en la Guerra Federal de 1898 que definió La Paz como sede política del país, o simplemente es aquel cómplice de la infinidad de leyendas que hacen de esta ciudad tan enigmática.
El río Choqueyapu cruza la ciudad, óyelo. En tu camino hacia la hoyada, mira cómo las casas parecen colgar de las laderas de los cerros, como si insistiesen en no quedar fuera de la fotografía que tomas: techos de calamina, paredes de ladrillos y muros de colores.
Un trecho más y ya entras por sus venas. Delante se alza la Basílica de San Francisco con su estilo barroco mestizo –expresión más acabada del mestizaje cultural en los Andes– construida entre los siglos XVI y XVIII. El Atrio de San Francisco y la Plaza de los Héroes, que se encuentra al lado, fue y es escenario de masivas concentraciones sociales y discursos políticos. Sin embargo, el principal movimiento político tiene lugar en la plaza de armas: periodistas con micrófonos y cámaras en mano van y vienen por las aceras y edificios de la administración legislativa y ejecutiva del país. En los alrededores del Palacio Quemado, (denominación del Palacio de Gobierno debido a un incendio ocurrido durante una sublevación en 1875), se encuentran los edificios más antiguos de la ciudad, la Alcaldía, el Banco Central y muchos museos que, desde su asiento sobre calles angostas empedradas de historia, dan fe del pasado.
Ahora atraviesa la Avenida 16 de Julio en dirección sud, siguiendo sus jardines y observando cómo se desarrolla la vida comercial y financiera paceña. Bancos, negocios, cafés, restaurantes, todos anunciándose con colores y mensajes llamativos. No te extrañe si las bocinas de los autos, los puestitos de venta en medio de las aceras, los gritos de los ayudantes de los minibuses que anuncian las rutas de sus líneas, el paso apurado de los transeúntes o la parsimonia de quienes leen los periódicos que cuelgan en los puestos estimulan todos tus sentidos y hacen tu paso más lento.
Pero la magia se extiende un poco más. Con un poco de tiempo, puedes viajar al Titicaca, el lago navegable más alto del mundo, y también visitar sus islas. A más de 3.800 msnm, el azul lago sagrado –cuya superficie se calcula en 56.270 km– sólo puede compararse con el cielo. El aura de este lago sin fondo se reviste del enigma que le dan las leyendas sobre ciudades de oro y plata, bellos cantos de sirenas y deidades tutelares.
El Lago Titicaca es parte de la Cuenca Endorreica, un sistema hídrico cerrado del que participan Bolivia, Perú y Chile. Bolivia ya no tiene mar, pero su irrenunciable derecho a una costa soberana desde 1904 hace a su marina navegar sobre el inmenso lago de agua limpia y dulce.
Aquí en lo alto, donde los condores aletean, intenta ponerte de puntas y estira las manos. Tal vez alcances un poquito de cielo.
26 de enero de 2010
Patricia Cuarita
Diplomata boliviana
cuarita@gmx.net
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Bogotá
Goiabada sobre queijo coalhado, mangas gigantes e sumarentas, panquecas cocadas ou com compotas variadas, milho cozido, café, doce de leite, bananas cortadas às rodelas e batatas fritas também cortadas às rodelas, sumo de maracujá, imagens religiosas de santos de muitos tamanhos, vestidos de rosa, de azul ultramarino ou azul bebé, virgens de braços fortes para poderem pegar meninos Jesus cheiinhos. É tudo isto o que nos oferecem as ruas de Bogotá: doces, gulosas, miraculadas.
Na parte mais antiga da cidade, na Candelaria, um bairro da época colonial, as casas são coloridas, muitas ainda em madeira. É neste bairro que se situa a maioria dos equipamentos culturais: a Biblioteca pública Luís Ángel Arango, o centro cultural do Banco de la República, o Museu Colonial, a Igreja Matriz, assim como algumas dezenas das universidades que existem só em Bogotá. É neste pedaço da cidade que mais se sentem os efeitos da colonização, neste caso espanhola. Eles são visíveis um pouco por todo o lado, como por exemplo na geometria da sua malha urbanística e no traçado arquitectónico dos edifícios civis e religiosos, sobretudo nestes últimos, que ostentam as formas estéticas que marcaram o Barroco opulento saído da Contra Reforma. Em Bogotá, como em outras cidades latino-americanas, a "história de arte" começa com o Barroco, com o seu aparato grandioso e programa de afirmação da doutrina católica apostólica romana. E não podemos deixar de nos intrigar sobre o modo como se terão sentido os colombianos sob a conquista ao serem invadidos por esta arte de excesso, por esta figuração de exaltação do sofrimento - Cristo crucificado, santos martirizados…. Como terá sido perplexo para eles receberem estas imagens, vindas de um lugar de que só sabiam o nome. E continua a ser intrigante saber como gerações sucessivas de colombianos lidam com o passado colonial, como vivem nestas casas de modelo importado, como convivem com esta memória. Ao contrário de outras cidades mais afro-latinas, em Bogotá a arte nativa de origem índia teve sempre uma criação paralela à arte erudita vinda da Europa. Poucas combinações houve entre as duas, o que provocou uma separação radical entre a arte popular de matriz índia e a arte erudita de tradição europeia que foi, e continua a ser - na sua expressão contemporânea -, uma arte sem expressão antropofágica. Embora alguns artistas notáveis como Luís Fernandes Roldán (n.1955), Doris Salcedo (n.1958), José Alejandro Restrepo (n.1959) e Carmen Elvira Brigard utilizem com frequência nos seus trabalhos linguagens comuns às duas.
Numa das maiores livrarias da América Latina leio O Problema da Habitação, de Ruy Belo, e espanta-me a imensidão, a qualidade e a organização dos livros expostos nesta livraria do Centro Cultural Gabriel García Marques. Mas, são caros os livros aqui, porque uma grande maioria é importada de Espanha e da Argentina. Vizinha da livraria, está a colecção de arte do Museu do Banco de Colômbia, onde “dormem” para sempre em seus retratos, de memória pintados por Victorino García Romero (1791-1870), as Monjas Muertas do Convento de la Concepción. Quase todas representou-as o pintor com caras de mortas antigas, muito mirradas, excepto a irmã Juana de San Francisco que, talvez por ser mais gordinha, exibe um rosto mais sereno, e a irmã Catalina Teresa de Santo Domingo, falecida em 1786 e pintada com a cabeça emoldurada por um lindo ramo de flores azuladas, assente sobre duas tábuas como se fosse japonesa.
Milhares de pequenos táxis amarelos atravessam continuamente Bogotá, seguindo-se uns aos outros em filas intermináveis como numa pista de feira de carrinhos de choque. Para lá do bairro histórico da Candelaria fica a parte mais recente da cidade, que cresceu para norte e para sul e que tem actualmente 1.587 Km2 de área e 8 milhões de habitantes - dos quais 1.6 milhões vive na pobreza - e 832 mil carros, ocupando o transporte privado 95% da rede viária. Aqui a cidade é semelhante a tantas outras metrópoles sul-americanas, desigual socialmente, caótica e harmoniosa, segura e violentamente perigosa. As zonas seguras, com suas ruas iguais a todas as ruas das grandes metrópoles, marcadas pelo furor do consumo, com os arranha-céus em vidro, as seguradoras multinacionais, a banca, as lojas trendy da moda das cadeias internacionais ou sucedâneas destas, os restaurantes sushi com decorações em aço, madeira e vidro, toalhetes em papel reciclado ou em materiais clean e vigilantes à entrada. Estas zonas seguras da cidade distinguem-se também pela segurança obsessiva: seguranças privados, câmaras de vídeo, controle discreto da polícia. São zonas onde se chega em carros de vidros fumados, trancados, que depois alguém estaciona. O que aqui pode surpreender o visitante é algum vendedor de artesanato andino, ou essas mulheres que vendem chamadas ao minuto, com telemóveis amarrados à cintura por longas cadeias, que os alugam por minutos a alguns transeuntes que tenham ficado sem bateria ou sem dinheiro. Circundando isto, como uma moldura de um barroco pobre e de papel, há uma pobreza geracional, há paramilitares, um regime duro e uma violência sempre latente.
Apesar de ser noite de Verão na cidade, que fica a 2.940 metros de altitude, faz muito frio à noite. Leio: "El día que Florentino Ariza vio a Fermina Daza en el atrio de la catedral, encinta de seis meses y con pleno domínio de su nueva condición de mujer de mundo, tomó la determinación feroz de ganar nombre y fortuna para merecerla." de El amor en los tiempos de cólera, de Gabriel García Marquez.
apr
Na parte mais antiga da cidade, na Candelaria, um bairro da época colonial, as casas são coloridas, muitas ainda em madeira. É neste bairro que se situa a maioria dos equipamentos culturais: a Biblioteca pública Luís Ángel Arango, o centro cultural do Banco de la República, o Museu Colonial, a Igreja Matriz, assim como algumas dezenas das universidades que existem só em Bogotá. É neste pedaço da cidade que mais se sentem os efeitos da colonização, neste caso espanhola. Eles são visíveis um pouco por todo o lado, como por exemplo na geometria da sua malha urbanística e no traçado arquitectónico dos edifícios civis e religiosos, sobretudo nestes últimos, que ostentam as formas estéticas que marcaram o Barroco opulento saído da Contra Reforma. Em Bogotá, como em outras cidades latino-americanas, a "história de arte" começa com o Barroco, com o seu aparato grandioso e programa de afirmação da doutrina católica apostólica romana. E não podemos deixar de nos intrigar sobre o modo como se terão sentido os colombianos sob a conquista ao serem invadidos por esta arte de excesso, por esta figuração de exaltação do sofrimento - Cristo crucificado, santos martirizados…. Como terá sido perplexo para eles receberem estas imagens, vindas de um lugar de que só sabiam o nome. E continua a ser intrigante saber como gerações sucessivas de colombianos lidam com o passado colonial, como vivem nestas casas de modelo importado, como convivem com esta memória. Ao contrário de outras cidades mais afro-latinas, em Bogotá a arte nativa de origem índia teve sempre uma criação paralela à arte erudita vinda da Europa. Poucas combinações houve entre as duas, o que provocou uma separação radical entre a arte popular de matriz índia e a arte erudita de tradição europeia que foi, e continua a ser - na sua expressão contemporânea -, uma arte sem expressão antropofágica. Embora alguns artistas notáveis como Luís Fernandes Roldán (n.1955), Doris Salcedo (n.1958), José Alejandro Restrepo (n.1959) e Carmen Elvira Brigard utilizem com frequência nos seus trabalhos linguagens comuns às duas.
Numa das maiores livrarias da América Latina leio O Problema da Habitação, de Ruy Belo, e espanta-me a imensidão, a qualidade e a organização dos livros expostos nesta livraria do Centro Cultural Gabriel García Marques. Mas, são caros os livros aqui, porque uma grande maioria é importada de Espanha e da Argentina. Vizinha da livraria, está a colecção de arte do Museu do Banco de Colômbia, onde “dormem” para sempre em seus retratos, de memória pintados por Victorino García Romero (1791-1870), as Monjas Muertas do Convento de la Concepción. Quase todas representou-as o pintor com caras de mortas antigas, muito mirradas, excepto a irmã Juana de San Francisco que, talvez por ser mais gordinha, exibe um rosto mais sereno, e a irmã Catalina Teresa de Santo Domingo, falecida em 1786 e pintada com a cabeça emoldurada por um lindo ramo de flores azuladas, assente sobre duas tábuas como se fosse japonesa.
Milhares de pequenos táxis amarelos atravessam continuamente Bogotá, seguindo-se uns aos outros em filas intermináveis como numa pista de feira de carrinhos de choque. Para lá do bairro histórico da Candelaria fica a parte mais recente da cidade, que cresceu para norte e para sul e que tem actualmente 1.587 Km2 de área e 8 milhões de habitantes - dos quais 1.6 milhões vive na pobreza - e 832 mil carros, ocupando o transporte privado 95% da rede viária. Aqui a cidade é semelhante a tantas outras metrópoles sul-americanas, desigual socialmente, caótica e harmoniosa, segura e violentamente perigosa. As zonas seguras, com suas ruas iguais a todas as ruas das grandes metrópoles, marcadas pelo furor do consumo, com os arranha-céus em vidro, as seguradoras multinacionais, a banca, as lojas trendy da moda das cadeias internacionais ou sucedâneas destas, os restaurantes sushi com decorações em aço, madeira e vidro, toalhetes em papel reciclado ou em materiais clean e vigilantes à entrada. Estas zonas seguras da cidade distinguem-se também pela segurança obsessiva: seguranças privados, câmaras de vídeo, controle discreto da polícia. São zonas onde se chega em carros de vidros fumados, trancados, que depois alguém estaciona. O que aqui pode surpreender o visitante é algum vendedor de artesanato andino, ou essas mulheres que vendem chamadas ao minuto, com telemóveis amarrados à cintura por longas cadeias, que os alugam por minutos a alguns transeuntes que tenham ficado sem bateria ou sem dinheiro. Circundando isto, como uma moldura de um barroco pobre e de papel, há uma pobreza geracional, há paramilitares, um regime duro e uma violência sempre latente.
Apesar de ser noite de Verão na cidade, que fica a 2.940 metros de altitude, faz muito frio à noite. Leio: "El día que Florentino Ariza vio a Fermina Daza en el atrio de la catedral, encinta de seis meses y con pleno domínio de su nueva condición de mujer de mundo, tomó la determinación feroz de ganar nombre y fortuna para merecerla." de El amor en los tiempos de cólera, de Gabriel García Marquez.
apr
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
2º Workshop de Investigação "As Cidades"
No próximo dia 25 de Fevereiro, no Auditório 3, a partir das 9h30. Entrada livre.
[clickar em cima da imagem, para melhor visualização]
Abidjan, Je t'aime
Par Barthélémy Toguo
Plus grande ville d'Afrique francophone, Abidjan est peu à peu saturée par des vagues de populations pauvres des pays frontaliers attirées par son essor économique et sa prospérité. Ces migrateurs s'installent au nord de l’agglomération dans les baraquements précaires d’Abobo, Attécoubé ou Yopougon, germes d'insalubrité et d’insécurité. Au sud, les quartiers de Koumassi, Port Bouët ou Treichville, s'industrialisent au galop et deviennent des zones-résidentielles. La journée à Abidjan est comparable à celle de toutes les mégapoles africaines, on y vit au rythme endiablé du bruit, de la ruche du secteur informel qui survit ici : petits marchands d'eau, de cigarettes, de beignets, cireurs de chaussures, taxis "woro-woro" ou "gbaka"... Le centre ville du "Plateau", ses grands hôtels et son architecture moderniste surplombent la Lagune Ebrié ; ils abritent le cœur financier et constituent le pivot des affaires. À la tombée de la nuit, deux pôles d'attractions s'animent de toutes les musiques et des lumières clignotantes de néons multicolores. Au sud d’abord, Marcory, le quartier aux 1000 Maquis où l'on se restaure pour quelques sous, où on vit à 100 à l'heure, où on danse au rythme du "coupé décalé", du Zouglou et du Gnakpa. Au nord, Yopougon ou "Yop City", notoire pour sa rue Princesse, bordée de boîtes de nuit, de bars, de dancings en effervescence... Chaque soir elle vibre jusqu'à l’aube, c’est l’une des rues les plus brûlantes d'Afrique.
Abidjan ? C’est la cité aux mille visages qui nous emporte dans tous les mondes, affairés, cossus, noceurs ou interlopes ; elle sombre aussi dans la violence des crimes et d’une foule de délits, de tous les trafics, de drogues ravageuses qui prolifèrent aux carrefours de Koumassi, dans les ruelles d’Abobo et sur les trottoirs d’Adjamé. "Abidjan, je t’aime "
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