segunda-feira, 15 de março de 2010
Blogues SAPO
A partir de hoje, este blog mudou para os blogues SAPO. A nova morada é http://www.proximofuturo.blogs.sapo.pt/ . Todo o arquivo pode ser encontrado inalterado na nova página.
II Conferência Nacional de Cultura. Brasília
Decorre nestes dias em Brasília a II Conferência Nacional de Cultura. Esta organização faz parte de um processo iniciado pelo presidente Lula de Silva daquilo que se pode designar por participação dos cidadãos. Com tudo o que de ambíguo e de perverso este tipo de iniciativas pode ter, elas têm o condão de mostrar a participação de muitos brasileiros que, porventura, não teriam outra oportunidade para o fazer. Durante mais de um ano 200.000 brasileiros em centenas de munícipios participaram em reuniões com o propósito de agendarem os temas desta Conferência a par de fazerem propostas de legislação sobre os assuntos mais variados: do orçamento de cada Estado para a Cultura à eleição de delegados índios no orgão representativo, quer desta Conferência , quer do Conselho Nacional de Cultura.
Agora são cerca de 2.800 delgados eleitos durante os processo de preparação da Conferência que aqui estão presentes para discutir uma agenda intensa de propostas e de problemas do sector. Há ainda observadores, especialistas de temas especificos, autarcas, professores, investigadores, provenientes de todo o Brasil: das grandes cidades às vilas mais recônditas que tenham mais de 15.000 habitantes. Uma destas delegadas tinha feito 12 horas de auttocarro para apanhar o avião em S. Luís do Maranhão para chegar dois dias depois a Brasília.
É muito impressionante a mobilização de todas estas pessoas embora, claro, nem tudo seja pacífico e politicamente desinteressado. A este propósito, na abertura feita pelo presidente Lula e pelo actual ministro da Cultura, Juca Ferreira, foram dados números que esclarecem a realidade brasileira e ao mesmo tempo as respostas do governo a alguns destes problemas. No Brasil, só 5% da população entrou pelo menos uma vez num museu, 13% da população vai ao cinema apenas uma vez por mês, existem pouco mais de 700 livrarias em todo o pais, etc...Contudo há outros números e decisões que são particularmente positivos. O orçamento para a Cultura do Governo Federal é de 1% e a proposta do próximo orçamento é que ele passe a ser de 1, 5%, uma das cinco áreas que os rendimentos astronómicos das explorações dos novos furos de petróleo vai contemplar é a Cultura, e o "vale cultura", dispositivo de financimento de famílias mais carenciadas para consumirem cultura, beneficia 14 milhões de brasileiros. E depois há outros instrumentos de apoio à criação cultural, a maioria destes destinadas a pequenas comunidades e a minorias étnicas ou de género.
Claro que o facto da campanha para as eleições já ter começado informalmente não será alheio a alguns anúncios, muitos deles de contornos algo populistas, como a exaltação da "cultura popular" contra os intelectuais solitários. Ainda assim, a avaliação dos participantes nesta conferência sobre a política cultural dos governos do presidente Lula era globalmente positiva.
Ver mais, aqui
APR
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terça-feira, 9 de março de 2010
Ser cosmopolita é imperativo
O multiculturalismo falhou como estratégia. Falhou porque propôs uma mera co-habitação e esqueceu o político. É preciso negociar, criar um diálogo intercultural que conduza à construção das sociedades multiculturais.
Continuar a ler, aqui
António Pinto Ribeiro, in Público (Vinte ideias que mudaram o mundo), 6 de Março
[Fotografia de Nacho Doce/Reuters]
segunda-feira, 8 de março de 2010
Accra and its artists
The late Ghanaian photographer, J.K. Bruce Vanderpuije set up his Deo Gratias Studio in 1922 and made good portraits of the nobility of Accra. He recorded its pristine beaches and important colonial edifices such as the Post Office, High Court buildings, social gatherings and so forth. From the 1950s and decade of Ghana’s independence from British colonial rule, Accra has had it’s ups and downs. A thriving cosmopolitan centre, it boasted of Indian and Ghanaian companies such as Bhojsons & Co (Gold Coast) Ltd., with branches in Onitsha, Lagos, Jos, Kano Port Harcourt, Ibadan and Warri – and beyond - Manchester, Madras, Osaka and in Hong Kong. Or, take Tarzan Transport (Ghana & Nigeria) that offered annual services to Mecca, stopping at Sudan (El Obeid). With the supermarket ‘Lilarams’, ‘all your shopping problems can be solved.’ A local décor firm, Kumi (1952) Ltd., dealt in tableware and furnishings.
The Savoy at Osu, Caprice at Alajo, were hotels from the 1950’s, decorated by Yemo Kwei Anang with portraits of Ga King Nii Tackie Komey II and celebrities like Louis Armstrong. In 1957, Kofi Antubam and his students from Achimota School painted murals on nationalism at the Ambassador Hotel near the Ridge. Today, private art galleries are conspicuous landmarks in Accra. Around Asylum Down is the ‘Step-in-Gallery’ owned by artist, Nicolas Kowalski. Ablade Glover’s Artists Alliance Gallery is a magnificent location by the ocean front in Labadi, coupled with the Foundation for Contemporary Art (Ghana) and Nubuke Foundation (located in East Legon) are beginning to turn the city into an art capital. This dream is taking shape through the recent Accra Art Auction, ‘Accra-Can’ art initiatives and the well established ‘Environmental Film Festival of Accra. Nevertheless, this may not be realised on the same scale as Kumasi, Ghana’s second city, which is a cultural city with over a hundred Art & Sign street painting studios. In Accra and Kumasi, city authorities have repeatedly cleared them away. Surprising aspects of the city, near the Kwame Nkrumah Circle, are the installations of shoes, bags, and so on, found on pavements. (See photo).
For many people in positions of power, their concept of modernity is a Western one rather than recognising and understanding, and utilising the local bottom-up dynamics of the city. This is a resource of modernity. The kiosks that crowded the sidewalks gave the city character, its African personality and were removed by the Accra Metropolitan Assembly when they ‘cleaned-up’ overnight forcing many painters to relocate.
The street arrangements actually embody the city’s natural architecture so the way people put kiosks together is part of their language; it becomes clear that they are being forced to become something else. This is a resource of modernity. The landscape is as much a part of the heritage of Ghanaians that ought to be preserved for future generations instead of being desecrated by plastic bags, filth and squalor. Artist, Enoch Tei Huagie’s efforts to recycle the ‘pure water’ plastics into fashion (bags and clothes) is indeed laudable.
Text & photos by Atta Kwami, March 4, 2010, Washington, D.C.
The Savoy at Osu, Caprice at Alajo, were hotels from the 1950’s, decorated by Yemo Kwei Anang with portraits of Ga King Nii Tackie Komey II and celebrities like Louis Armstrong. In 1957, Kofi Antubam and his students from Achimota School painted murals on nationalism at the Ambassador Hotel near the Ridge. Today, private art galleries are conspicuous landmarks in Accra. Around Asylum Down is the ‘Step-in-Gallery’ owned by artist, Nicolas Kowalski. Ablade Glover’s Artists Alliance Gallery is a magnificent location by the ocean front in Labadi, coupled with the Foundation for Contemporary Art (Ghana) and Nubuke Foundation (located in East Legon) are beginning to turn the city into an art capital. This dream is taking shape through the recent Accra Art Auction, ‘Accra-Can’ art initiatives and the well established ‘Environmental Film Festival of Accra. Nevertheless, this may not be realised on the same scale as Kumasi, Ghana’s second city, which is a cultural city with over a hundred Art & Sign street painting studios. In Accra and Kumasi, city authorities have repeatedly cleared them away. Surprising aspects of the city, near the Kwame Nkrumah Circle, are the installations of shoes, bags, and so on, found on pavements. (See photo).
For many people in positions of power, their concept of modernity is a Western one rather than recognising and understanding, and utilising the local bottom-up dynamics of the city. This is a resource of modernity. The kiosks that crowded the sidewalks gave the city character, its African personality and were removed by the Accra Metropolitan Assembly when they ‘cleaned-up’ overnight forcing many painters to relocate.
The street arrangements actually embody the city’s natural architecture so the way people put kiosks together is part of their language; it becomes clear that they are being forced to become something else. This is a resource of modernity. The landscape is as much a part of the heritage of Ghanaians that ought to be preserved for future generations instead of being desecrated by plastic bags, filth and squalor. Artist, Enoch Tei Huagie’s efforts to recycle the ‘pure water’ plastics into fashion (bags and clothes) is indeed laudable.
Text & photos by Atta Kwami, March 4, 2010, Washington, D.C.
Buenos Aires
Carta confidencial sobre Buenos Aires
o bien
Del tiempo y la distancia
No sabe Don Pedro de Mendoza ese 3 de febrero de 1536 que está navegando aguas del Rìo de la Plata, el gran estuario.
Busca un reparo para fondear, y amarra. Con la cruz y la espada, y en nombre del Rey, bautiza ese lugar Puerto de la Trinidad de Santa Marìa de los Buenos Aires.
No quedan trazas de la tal fundación, pero el curso del Riachuelo, insinua allí un círculo, una vuelta sobre si mismo. Los pobladores que vinieron y se asentaron después vista la tal desembocadura la llamaron boca del Riachuelo o simplemente Boca, y construyeron casas de lata pintadas de vivísimos colores. Vivieron esos habitantes de los trabajos de puerto: carga y descarga de los barcos cargueros.
Quinquela Martin vivió ese tiempo y esa febril actividad y lo testimonió en grandes cuadros con magníficos y trágicos colores.
El Museo que lleva su nombre, allí mismo frente a esa Vuelta del Río, antigua edificación portual, reune casi toda su producción plástica.
La cancha de fútbol queda un poco más allá...
Pero me he apartado mucho de la historia. He saltado los siglos. Es que la Historia es la sedimentacion de los siglos. Y lo que hoy vemos no son los fundadores, ni Mendoza ni Juan de Garay ni los inmigrantes genoveses que dieron nombre a este aglomerado de pobres casas: Bocca del Riachuelo, asi escrito a la italiana. Queda Caminito, la esquina tanguera y algunos bares-almacenes con letreros prolijamente fileteados que dan sabor antiguo y falsamente folclórico. Pero es turístico y vale. Como es también turístico elegante y chic Puerto Madero. Lejano está el tiempo cuando en esos edificios - también funciona allí la Universidad Católica – funcionaban las oficinas portuarias, los depósitos y el Hotel de Inmigrantes porque los inmigrantes fueron – y se diría que aún lo son- también alguna vez carne de canon para ser almacenada y descargada como las bolsas tristes que cargan al hombro hombres más encorvados y tristes aún como los de los cuadros del tano Quinquela Martín.
Lo que fuere. La Historia pasó porque pasó el tiempo, y también pasó mi tiempo. Pero vale leer La Historia en los poetas:
Borges me susurró que:
Se me hace cuento que empezó Buenos Aaires.
La juzgo tan eterna como el aire y el agua.
Y Manuel Mujica Lainez:
Ciudad plural. Ciudad que no es jamás la misma
y cuya variedad, a quien sabe, abisma.
Post Scriptum
Cuando bajo al pasaje subterráneo que me llevará, cruzando las vias férreas, al otro lado de la estación el que se abre sobre la ciudad, apenas ahí al pie de la escalera, los veo.
Son los músicos callejeros venidos del este. Rumenos o acaso húngaros. Un violín y un bandoneón ...A mi paso arrancan con un tango de la vieja guardia... Como si me reconocieran, como si supieran... que la historia y el tiempo están apelotonados y son uno, todo y siempre, alfa y omega, contenidos en el Aleph, el diamante que Borges encontró en el sótano de Buenos Aires.
Yo vuelvo a mis veinte años camino de la universidad mientras ando este túnel debajo de la estación.
El violín y las fisarmónicas gitanas desgarran: Caminito que el tiempo ha borrado...
ebrero de 2010
Aurelia Rosa Iurilli
Escritora
o bien
Del tiempo y la distancia
No sabe Don Pedro de Mendoza ese 3 de febrero de 1536 que está navegando aguas del Rìo de la Plata, el gran estuario.
Busca un reparo para fondear, y amarra. Con la cruz y la espada, y en nombre del Rey, bautiza ese lugar Puerto de la Trinidad de Santa Marìa de los Buenos Aires.
No quedan trazas de la tal fundación, pero el curso del Riachuelo, insinua allí un círculo, una vuelta sobre si mismo. Los pobladores que vinieron y se asentaron después vista la tal desembocadura la llamaron boca del Riachuelo o simplemente Boca, y construyeron casas de lata pintadas de vivísimos colores. Vivieron esos habitantes de los trabajos de puerto: carga y descarga de los barcos cargueros.
Quinquela Martin vivió ese tiempo y esa febril actividad y lo testimonió en grandes cuadros con magníficos y trágicos colores.
El Museo que lleva su nombre, allí mismo frente a esa Vuelta del Río, antigua edificación portual, reune casi toda su producción plástica.
La cancha de fútbol queda un poco más allá...
Pero me he apartado mucho de la historia. He saltado los siglos. Es que la Historia es la sedimentacion de los siglos. Y lo que hoy vemos no son los fundadores, ni Mendoza ni Juan de Garay ni los inmigrantes genoveses que dieron nombre a este aglomerado de pobres casas: Bocca del Riachuelo, asi escrito a la italiana. Queda Caminito, la esquina tanguera y algunos bares-almacenes con letreros prolijamente fileteados que dan sabor antiguo y falsamente folclórico. Pero es turístico y vale. Como es también turístico elegante y chic Puerto Madero. Lejano está el tiempo cuando en esos edificios - también funciona allí la Universidad Católica – funcionaban las oficinas portuarias, los depósitos y el Hotel de Inmigrantes porque los inmigrantes fueron – y se diría que aún lo son- también alguna vez carne de canon para ser almacenada y descargada como las bolsas tristes que cargan al hombro hombres más encorvados y tristes aún como los de los cuadros del tano Quinquela Martín.
Lo que fuere. La Historia pasó porque pasó el tiempo, y también pasó mi tiempo. Pero vale leer La Historia en los poetas:
Borges me susurró que:
Se me hace cuento que empezó Buenos Aaires.
La juzgo tan eterna como el aire y el agua.
Y Manuel Mujica Lainez:
Ciudad plural. Ciudad que no es jamás la misma
y cuya variedad, a quien sabe, abisma.
Post Scriptum
Cuando bajo al pasaje subterráneo que me llevará, cruzando las vias férreas, al otro lado de la estación el que se abre sobre la ciudad, apenas ahí al pie de la escalera, los veo.
Son los músicos callejeros venidos del este. Rumenos o acaso húngaros. Un violín y un bandoneón ...A mi paso arrancan con un tango de la vieja guardia... Como si me reconocieran, como si supieran... que la historia y el tiempo están apelotonados y son uno, todo y siempre, alfa y omega, contenidos en el Aleph, el diamante que Borges encontró en el sótano de Buenos Aires.
Yo vuelvo a mis veinte años camino de la universidad mientras ando este túnel debajo de la estación.
El violín y las fisarmónicas gitanas desgarran: Caminito que el tiempo ha borrado...
ebrero de 2010
Aurelia Rosa Iurilli
Escritora
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quinta-feira, 4 de março de 2010
Kumasi
“Akwaaba!” (bem-vindo) e um gentil abraço de um povo dócil ergue-se com hospitalidade.
Bantama road... Por entre árvores e trânsito frenético, vou descobrindo um centro com uma arquitectura semi-desfigurada, cujas ruas estão cravadas de comércio. Tudo se vende, tudo se compra, tudo se faz.
Já no famoso mercado central que ocupa o coração da cidade, ressaltam-me os cheiros, os sons e as encruzilhadas de multidões que marcam um ritmo próprio, impossível de descrever. Sinto-me em ebulição no epicentro de uma cidade com cerca de 1 milhão de habitantes, num país maioritariamente cristão, mas com uma forte presença muçulmana a juntar-se a outras religiões nativas.
É imprescindível parar num chop bar para saborear a comida nacional. Peço um fufu com Palmnut soup e desfruto de um deleite com outras tantas iguarias. Sou conquistado por uma cidade de sabores, onde centenas de ingredientes locais são conjugados e apensados em receitas que se comem com as mãos.
Kumasi rodeia-se de populações que fabricam tecidos e, ainda, de outras que neles carimbam padrões com os símbolos ancestrais da cultura Adinkra.
No coração do Ghana, esta é a Cidade Nacional da Cultura e coloca-se numa posição que cultiva, com marketing, as raízes culturais do reino Ashanti. O rei, por sua vez, aparece nos outdoors da cidade, anunciando a presença que os seus cidadãos reclamam.
Esqueço tudo, envolvo-me numa vegetação exuberante e deambulo numa Kumasi que se clama Cidade Jardim.
Jorge Rocha
Bantama road... Por entre árvores e trânsito frenético, vou descobrindo um centro com uma arquitectura semi-desfigurada, cujas ruas estão cravadas de comércio. Tudo se vende, tudo se compra, tudo se faz.
Já no famoso mercado central que ocupa o coração da cidade, ressaltam-me os cheiros, os sons e as encruzilhadas de multidões que marcam um ritmo próprio, impossível de descrever. Sinto-me em ebulição no epicentro de uma cidade com cerca de 1 milhão de habitantes, num país maioritariamente cristão, mas com uma forte presença muçulmana a juntar-se a outras religiões nativas.
É imprescindível parar num chop bar para saborear a comida nacional. Peço um fufu com Palmnut soup e desfruto de um deleite com outras tantas iguarias. Sou conquistado por uma cidade de sabores, onde centenas de ingredientes locais são conjugados e apensados em receitas que se comem com as mãos.
Kumasi rodeia-se de populações que fabricam tecidos e, ainda, de outras que neles carimbam padrões com os símbolos ancestrais da cultura Adinkra.
No coração do Ghana, esta é a Cidade Nacional da Cultura e coloca-se numa posição que cultiva, com marketing, as raízes culturais do reino Ashanti. O rei, por sua vez, aparece nos outdoors da cidade, anunciando a presença que os seus cidadãos reclamam.
Esqueço tudo, envolvo-me numa vegetação exuberante e deambulo numa Kumasi que se clama Cidade Jardim.
Jorge Rocha
quarta-feira, 3 de março de 2010
Lima
Lima tiene aprox. 8,5 millones de habitantes. Es la quinta ciudad más poblada de América Latina y una de las 30 áreas metropolitanas más grandes del mundo. Se puede decir que Lima es el Perú.
Lima huele a húmedo y está a nivel del mar.
Lima es una ciudad con un altísimo índice de migración del campo a la ciudad. La gran mayoría de su población es migrante . En Lima además viven gran parte de los descendientes de chinos, japoneses e italianos que llegaron al Perú el siglo pasado. Hay varias Limas. La Lima de los barrios periféricos sigue siendo una Lima pobre, donde el ingenio de la pobreza ha hecho mucho más que el estado en mejorar el nivel de vida de las personas. En el centro histórico podemos ver lo que fue la Lima virreynal y republicana. También está la Lima próspera con grandes barrios residenciales, arquitectura de primer nivel y modernos centros empresariales.
Lima es una ciudad donde se respira creatividad. En todos los barrios de la ciudad se puede comer delicioso. El limeño ha heredado una gran cultura culinaria. Desde siempre el limeño ha comido rico. En los últimos años la falta de recursos por la prolongada crisis económica hizo que el limeño invente platos maravillosos.
Hoy la gastronomía une a todos los limeños y al Perú. Todo limeño tiene un repertorio maravilloso de platos favoritos entre los que se encuentran el ají de gallina, la parihuela, el cebiche, el saltado, el caucau , el tacutacu, el tiradito, los anticuchos, la causa limeña ,la chita frita y entre los dulces suspiro de limeña, picarones, tarta de lúcuma, crocante de chirimoya, tarta de aguaymanto. Todos platos de influencia andina, amazónica, japonesa, china o italiana.
Entra a cualquier restaurante limeño y encontrarás cartas donde se anuncian con creatividad entre otros langostinos y calamares salteados en vino blanco que se relajan sobre risotto de quinua o golosos filetes de chita a la parrilla sobre una cama de seductoras papas. En cuanto a las papas, estas son parte importantísima de la cultura gastronómica.
En el Perú existen más de tres mil variedades de papas nativas identificadas hasta el momento. Todas ellas han pasado por un proceso de trabajo genético en el Centro Internacional de la Papa (CIP), institución que preserva este tesoro andino que ha asegurado la alimentación de la sierra por siglos. El Cip está en Lima. Es por esto que en los últimos años vemos la aparición en los mercados de Lima de una gran variedad de papas nativas En Lima puedes comprar papa canchán, rosada, huamantanga, perricholi, peruanita, amarilla , negra y muchas otras variedades que llegan a Lima de todas las regiones del Perú al igual que sus habitantes.
Avelina Crespo
Fotógrafa
Avelina Crespo dedica-se à fotografia de pessoas e trabalha como fotógrafa freelancer desde 1986. Participou em inúmeros cursos e oficinas de fotografía em São Paulo e Brasília entre 1986 e 1990. Durante os quatro anos seguintes foi professora de fotografia da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de Lima. Viveu em Santiago do Chile entre 1994 e 2000, participando em diversas oficinas de fotografía. Colaborou com o Centro de la Fotografia em Lima (2000-2002) e foi docente de fotografia na Faculdade de Comunicações da Universidade Católica do Perú entre 2001 e 2002. Viveu em Quito entre 2002 e 2007, onde se dedicou à fotografia freelance e à docência na Universidade San Francisco de Quito. Actualmente, vive em Lima.
Lima huele a húmedo y está a nivel del mar.
Lima es una ciudad con un altísimo índice de migración del campo a la ciudad. La gran mayoría de su población es migrante . En Lima además viven gran parte de los descendientes de chinos, japoneses e italianos que llegaron al Perú el siglo pasado. Hay varias Limas. La Lima de los barrios periféricos sigue siendo una Lima pobre, donde el ingenio de la pobreza ha hecho mucho más que el estado en mejorar el nivel de vida de las personas. En el centro histórico podemos ver lo que fue la Lima virreynal y republicana. También está la Lima próspera con grandes barrios residenciales, arquitectura de primer nivel y modernos centros empresariales.
Lima es una ciudad donde se respira creatividad. En todos los barrios de la ciudad se puede comer delicioso. El limeño ha heredado una gran cultura culinaria. Desde siempre el limeño ha comido rico. En los últimos años la falta de recursos por la prolongada crisis económica hizo que el limeño invente platos maravillosos.
Hoy la gastronomía une a todos los limeños y al Perú. Todo limeño tiene un repertorio maravilloso de platos favoritos entre los que se encuentran el ají de gallina, la parihuela, el cebiche, el saltado, el caucau , el tacutacu, el tiradito, los anticuchos, la causa limeña ,la chita frita y entre los dulces suspiro de limeña, picarones, tarta de lúcuma, crocante de chirimoya, tarta de aguaymanto. Todos platos de influencia andina, amazónica, japonesa, china o italiana.
Entra a cualquier restaurante limeño y encontrarás cartas donde se anuncian con creatividad entre otros langostinos y calamares salteados en vino blanco que se relajan sobre risotto de quinua o golosos filetes de chita a la parrilla sobre una cama de seductoras papas. En cuanto a las papas, estas son parte importantísima de la cultura gastronómica.
En el Perú existen más de tres mil variedades de papas nativas identificadas hasta el momento. Todas ellas han pasado por un proceso de trabajo genético en el Centro Internacional de la Papa (CIP), institución que preserva este tesoro andino que ha asegurado la alimentación de la sierra por siglos. El Cip está en Lima. Es por esto que en los últimos años vemos la aparición en los mercados de Lima de una gran variedad de papas nativas En Lima puedes comprar papa canchán, rosada, huamantanga, perricholi, peruanita, amarilla , negra y muchas otras variedades que llegan a Lima de todas las regiones del Perú al igual que sus habitantes.
Avelina Crespo
Fotógrafa
Avelina Crespo dedica-se à fotografia de pessoas e trabalha como fotógrafa freelancer desde 1986. Participou em inúmeros cursos e oficinas de fotografía em São Paulo e Brasília entre 1986 e 1990. Durante os quatro anos seguintes foi professora de fotografia da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de Lima. Viveu em Santiago do Chile entre 1994 e 2000, participando em diversas oficinas de fotografía. Colaborou com o Centro de la Fotografia em Lima (2000-2002) e foi docente de fotografia na Faculdade de Comunicações da Universidade Católica do Perú entre 2001 e 2002. Viveu em Quito entre 2002 e 2007, onde se dedicou à fotografia freelance e à docência na Universidade San Francisco de Quito. Actualmente, vive em Lima.
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terça-feira, 2 de março de 2010
Antananarivo
Que escrever quando se visita uma cidade pela primeira vez? As impressões iniciais tornam-se dúbias com o passar do tempo. É preciso regressar e confirmar o que se viu e sentiu. Antananarivo, ou simplesmente Tana, capital de Madagáscar, tem essa característica.
Casas feitas de barro e enormes varandas em madeira com telhados em telha, construidas nos montes que circundam a parte baixa, velhos 2CV em serviço de táxi fumegando pelas ruas estreitas abarrotadas de gente constroem a cidade onde a mendicidade predomina, de forma quase cultural, semelhante à Índia, com famílias inteiras habitando nas ruas, debaixo das arcadas que fazem da Avenida da Independência o seu um lugar de eleição. Aproximadamente quatro milhões de pessoas habitam Antananarivo, quase 1 milhão no centro da capital.
Tana tem ainda mais, tem uma mestiçagem Indonésia, Índia, Francesa, Chinesa e Africana que tem paralelo apenas na sua diversificada fauna e flora, tem avenidas repletas de frondosos jacarandás que na Primavera exalam um agradável perfume.
A área que hoje é conhecida por Antananarivo, era originalmente conhecida por Analamanga (floresta azul), ocupada pelo rei Andrianjaka por volta de 1610, tendo aqui construído o seu Rova (Palácio), no monte mais alto da cidade, fundando assim a dinastia Merina.
Os Franceses deram ao centro da vila a sua presente forma, construindo duas longas escadas que vão da cidade baixa (Basse-ville), centro da cidade e zona comercial que parte da estação de comboio (de arquitectura colonial e com uma excelente atmosfera para after hours) em direcção ao Hotel Le Glacier. Aqui encontramos o principal mercado, Analakely, e daqui seguimos para a calma zona residencial da cidade alta (Haute-ville), onde estradas estreitas nos encaminham ao cimo do monte, passando por várias igrejas (católicas e protestantes), rumo ao Rova. Descendo a outra encosta do monte chegamos ao Lac Anosy (Lago Anosy).
Rajoalina, presidente Malgaxe, anterior Mayor e Dj de Tana, assumiu o poder num golpe de estado que teve forte apoio da população urbana e dos militares, mas levando a que o pais sofre varias sanções económicas em 2009 e já este ano. Estas medidas deixaram já milhares de malagaxes sem emprego, pelo fecho das fábricas de vestuário e outras multinacionais que se haviam estabelecido na cidade, fruto da politica de zona franca adoptada pelo anterior governo.
Atravessando uma enorme crise política, sem reconhecimento da comunidade internacional, contando apenas com o apoio da França, a anarquia reina na cidade.
A moeda malgaxe (Ariary) sofreu uma enorme depreciação face ao dólar americano (US$1 = Ar2,000), empobrecendo ainda mais a população.
Ponto de entrada e saída para os turistas que visitam o país, Tana oferece diverso tipo de acomodação, dependendo do bolso do viajante. Ao cair da noite, as suas ruelas ficam repletas de meninas que fazem daquele destino um dos pontos predilectos de velhos senhores, que em busca de prazeres perdidos descem ao sul do globo, tornando-se numa considerável fonte de rendimento de muitas famílias.
Tana interfere, perturba. Deixa-nos espantados. De olhos arregalados, como o Maki, inevitável símbolo da Ilha e da cidade.
Inusso Jamal
Psicólogo educacional
Fotografias de Inusso Jamal
Casas feitas de barro e enormes varandas em madeira com telhados em telha, construidas nos montes que circundam a parte baixa, velhos 2CV em serviço de táxi fumegando pelas ruas estreitas abarrotadas de gente constroem a cidade onde a mendicidade predomina, de forma quase cultural, semelhante à Índia, com famílias inteiras habitando nas ruas, debaixo das arcadas que fazem da Avenida da Independência o seu um lugar de eleição. Aproximadamente quatro milhões de pessoas habitam Antananarivo, quase 1 milhão no centro da capital.
Tana tem ainda mais, tem uma mestiçagem Indonésia, Índia, Francesa, Chinesa e Africana que tem paralelo apenas na sua diversificada fauna e flora, tem avenidas repletas de frondosos jacarandás que na Primavera exalam um agradável perfume.
A área que hoje é conhecida por Antananarivo, era originalmente conhecida por Analamanga (floresta azul), ocupada pelo rei Andrianjaka por volta de 1610, tendo aqui construído o seu Rova (Palácio), no monte mais alto da cidade, fundando assim a dinastia Merina.
Os Franceses deram ao centro da vila a sua presente forma, construindo duas longas escadas que vão da cidade baixa (Basse-ville), centro da cidade e zona comercial que parte da estação de comboio (de arquitectura colonial e com uma excelente atmosfera para after hours) em direcção ao Hotel Le Glacier. Aqui encontramos o principal mercado, Analakely, e daqui seguimos para a calma zona residencial da cidade alta (Haute-ville), onde estradas estreitas nos encaminham ao cimo do monte, passando por várias igrejas (católicas e protestantes), rumo ao Rova. Descendo a outra encosta do monte chegamos ao Lac Anosy (Lago Anosy).
Rajoalina, presidente Malgaxe, anterior Mayor e Dj de Tana, assumiu o poder num golpe de estado que teve forte apoio da população urbana e dos militares, mas levando a que o pais sofre varias sanções económicas em 2009 e já este ano. Estas medidas deixaram já milhares de malagaxes sem emprego, pelo fecho das fábricas de vestuário e outras multinacionais que se haviam estabelecido na cidade, fruto da politica de zona franca adoptada pelo anterior governo.
Atravessando uma enorme crise política, sem reconhecimento da comunidade internacional, contando apenas com o apoio da França, a anarquia reina na cidade.
A moeda malgaxe (Ariary) sofreu uma enorme depreciação face ao dólar americano (US$1 = Ar2,000), empobrecendo ainda mais a população.
Ponto de entrada e saída para os turistas que visitam o país, Tana oferece diverso tipo de acomodação, dependendo do bolso do viajante. Ao cair da noite, as suas ruelas ficam repletas de meninas que fazem daquele destino um dos pontos predilectos de velhos senhores, que em busca de prazeres perdidos descem ao sul do globo, tornando-se numa considerável fonte de rendimento de muitas famílias.
Tana interfere, perturba. Deixa-nos espantados. De olhos arregalados, como o Maki, inevitável símbolo da Ilha e da cidade.
Inusso Jamal
Psicólogo educacional
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segunda-feira, 1 de março de 2010
Os Estados das artes visuais fora dos centros (parte II)
(...) No âmbito deste trabalho inventariam-se oito casos de estudo de situações emergentes e tradicionalmente tidas como periféricas: Brasil, Chile, China e Hong Kong, Grécia, Turquia, África do Sul e Moçambique, sendo que não há um modelo que lhes seja comum e muito menos um estado das artes semelhante. (...).
A ler, na ArteCapital.
Para ler a primeira parte deste trabalho, seguir a ligação, neste blog, do lado direito.
A ler, na ArteCapital.
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Terramoto no Chile
Para acompanhar as últimas actualizações do terramoto no Chile, pode seguir a Televisión Nacional do Chile, aqui.
Peter Brook, o teatro e Amadou Hampâté Bâ
Uma curta mas muito interessante conversa com Peter Brooks, a propósito da estreia da sua nova peça, 11 and 12, aqui, a partir da obra de Amadou Hampâté Bâ. E a crítica do Guardian, já agora, aqui
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